Human Rights Watch pede a prefeito de Moscou que permita parada gay

da Folha Online
A ONG (organização não-governamental) Human Rights Watch (HRW) pediu nesta segunda-feira ao prefeito de Moscou (capital da Rússia), Yuri Luzhkov, que permita a realização da primeira parada gay na cidade.
No início deste mês, Luzhkov disse que a parada não poderia ser realizada porque, segundo ele, a data proposta, 27 de maio, “provocou revolta na sociedade, em particular, entre líderes religiosos”. A ONG considerou a proibição uma violação dos direitos civis.
“[Ele] está dando ao preconceito [poder de]veto sobre o direito a uma manifestação pacífica”, disse o diretor do Programa de Direitos de Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros da HRW, Scott Long. “A liberdade de declarar e demonstrar publicamente não é apenas um reflexo da diversidade, é essencial para a democracia.”
A organização informou que enviou uma carta a Luzkhov, pedindo que reverta sua decisão.
Prisões
A Justiça de Camarões condenou à prisão nesta segunda-feira dois homens que confessaram manter relações homossexuais, apesar de uma lei do país banir o homossexualismo.
Um deles disse à corte que foi enganado, com a promessa de que receberia ajuda para ir para a Europa se mantivesse relação homossexual. O relacionamento de ambos foi revelado quando foram à polícia para resolver uma disputa sobre um telefone celular roubado.
Relações homossexuais são consideradas contra a lei em muitos países africanos.
Em janeiro, tablóides camaroneses tiveram suas edições esgotadas ao publicarem listas e fotos de políticos, empresários e músicos supostamente gays, em uma campanha que os editores das publicações disseram ser “contra comportamento depravado”.
Dois jornais do país enfrentam processos por difamação movidos por membros do governo do presidente camaronês, Paul Biya, que apareceram nas listas por eles publicadas.