Do Jornal do Commercio
O Ministério da Saúde e a Secretaria de Direitos Humanos lançaram ontem a primeira campanha nacional de prevenção à aids direcionada a travestis e idealizada por eles próprios. A campanha “Sou travesti. Tenho direito de ser quem sou”, cujo lançamento conteve a presença do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, tem o objetivo de sensibilizar a sociedade contra o preconceito, além de informar o público-alvo sobre formas de prevenção.
As peças publicitárias esclarecem que o Sistema Único de Saúde (SUS) deve adotar o nome social de travestis (como preferem ser chamados) nos prontuários médicos. O material também informa que pessoas desse grupo têm que exigir o uso desse nome.
Além de folders informativos impressos, a campanha conta com materiais eletrônicos voltados aos travestis, como toques de celular, telas de descanso e vídeos. O material usa termos da linguagem dos travestis, conhecida como bajubá. “Oi mona! Tem camisinha na bolsa?”, é uma das cinco mensagens para toque de celular que integram a campanha.
A campanha, disponível no site www.aids.gov.br/travestis, foi elaborada durante oficina de criatividade realizada de 16 a 18 de janeiro, em Brasília. Participaram do evento 16 travestis das cinco regiões do Brasil. Os materiais gráficos serão distribuídos pelo Ministério da Saúde a 96 ONGs que atuam na área.
PRÓTESE DENTÁRIA – O Ministério da Saúde ampliou em 62% a quantidade de laboratórios que oferecem próteses dentárias no sistema público de saúde. Ontem foram credenciadas 203 novas unidades, e o total chega a 530 em todo o País.
Desde março, o ministério libera a verba das próteses diretamente para as secretarias estaduais e municipais. Os recursos são liberados de acordo com a capacidade de produção de cada laboratório, e podem variar de R$ 3 mil a R$ 12 mil ao mês.
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