Organizações homossexuais em Israel criticaram o ministro da Justiça do país, Daniel Friedman, por ter \”cedido\” às pressões dos partidos ortodoxos judeus para voltar a redigir uma lei que exclui os direitos de herança entre os parceiros de mesmo sexo.
A formulação de uma nova legislação sobre a matéria não permitirá que os casais de gays e lésbicas os direitos, que, pela lei atual, beneficiam os casais heterossexuais.
\”Desde o começo de sua atuação miserável, o ministro da Justiça se empenhou em levar Israel 30 anos de volta no tempo\”, afirmou o diretor da Associação de Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transexuais de Israel, Mike Hamel, citado pelo jornal \”Ha\’aretz\”.
A polêmica começou com a decisão de Friedman de alterar um projeto de lei que continha estes direitos – e que já tinha sido aprovado por uma comissão ministerial sobre legislação – depois de realizar uma reunião com o ministro Meshulam Nahari, do partido ultra-ortodoxo sefardita Shas.
Depois do encontro, o ministro decidiu limitar a iniciativa de lei a \”um homem e a uma mulher que são chefes de família de forma conjunta em um lar\”, alterando a proposta inicial que mencionava \”companheiros que vivem juntos em um mesmo lar\” como qualquer outro herdeiro legal.
\”É desencorajador ver que o ministro da Justiça, cujo papel é o de promover a igualdade perante a lei, está privando a comunidade gay de direitos\”, criticou Hamel. Agência EFE