Após comemorar com a frase "Chuuuuupa viadada" o arquivamento da representação contra o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) nesta quarta-feira (29) no Conselho de Ética da Câmara, seu filho, o vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PP), disse à Folha que vai responder na mesma moeda todas as acusações que sofrer.
A representação contra Bolsonaro, de autoria do PSOL, dizia que ele foi racista ao responder uma pergunta feita pela cantora Preta Gil, durante o programa "CQC", da TV Band, em março.
"Eles estão chupando dedo. O que queriam não conseguiram, que era impor a ditadura do que eles acham que é democracia. A democracia para eles funciona, para a gente não. Se você pensar diferente você é homofóbico e merece ser processado e preso por causa disso. Se ser contra esse tipo de imposição é ser homofóbico, pode me chamar de homofóbico sem problema nenhum. Eu vou responder na mesma moeda todas as acusações que sofrer", disse.
O vereador comentou ainda que não vê problema de a pessoa ser gay e entende como perseguição as críticas que recebe.
"Por que sempre levam para a maldade quando um Bolsonaro fala alguma coisa? Quando o Lula fala que Pelotas é a capital exportadora de viado no Brasil é bonitinho, mas quando o Bolsonaro chama o gay de viado é ruim. Hoje o próprio [deputado federal]Jean Wyllys (PSOL-RJ) falou na Comissão de Direitos Humanos que qualquer um podia chamar ele de viado, menos eu. O problema deles é conosco. Eles têm alguma tara com Bolsonaro que não sei qual é, mas eles não vão conseguir nos calar porque eu represento a maioria da população brasileira."
Membro da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal do Rio, Bolsonaro acredita que o país seria muito mais atrasado sem pessoas como a família dele.
"O Direitos Humanos hoje só defende bandidos. Acha legal investir dinheiro público numa Parada Gay e usar a verba de iniciativa federal para a confecção de santos nus? Graças a Deus o Direitos Humanos tem esse outro lado que é o nosso posicionamento, senão o país estaria muito mais atrasado com essa tentativa do movimento gay de se colocar como uma super classe diante de outra pessoa. O sexo não é critério de competência."
O vereador mandou ainda um recado para quem criticar suas declarações.
"Eles que interpretem a minha frase da maneira que quiserem. \’Chupa o dedo viadada\’ não tem problema nenhum. Se eles acharem outra coisa acho que vão até gostar. Eles terão que se decidir se estou criticando ou elogiando. Se fosse o Jean Wyllys falando isso todo mundo ia vibrar, mas como foi o Bolsonaro o pessoal prefere falar que é homofobia"
Agência de Notícias Jornal de Floripa