Droga legalizada mata em sexo gay

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PSP encontrou cadáver de homem na cama. Companheiro estava ao lado. Saiba o que aconteceu, no CM.

 

Por:Miguel Curado/ Débora Carvalho

 

Quando entrou no apartamento de um terceiro andar na
rua de São Cristóvão, Lisboa, pelas 00h30 de ontem, a PSP encontrou
estendido na cama o cadáver de um homem. E ao lado, em choque, estava o
amante – outro homem de meia-idade, trajando apenas collants de mulher.
Explicação do sobrevivente: R.A., de 51 anos, morrera em pleno acto
sexual, depois de ambos terem passado a noite a inalar ‘Smooth Gold\’ –
uma droga legalizada e à venda em lojas.

 

Só a
autópsia, hoje, deverá esclarecer por completo as causas da morte – mas a
PSP despistou qualquer hipótese de crime. A PJ não foi accionada. E,
para o homem de 54 anos, amante da vítima, este sofreu um ataque –
morreu do consumo excessivo da droga legal que tinham adquirido numa das
‘smart shops\’ que estão abertas em Lisboa (ver peça secundária).

 

A
vítima morreu dentro da casa de que era proprietário – e onde morava há
pelo menos 20 anos. A PSP foi chamada pelo companheiro sexual, tal como
o INEM, que já nada podia fazer pela vítima. A substância que terá
estado na origem da morte vende-se em pó, semelhante a fertilizante
agrícola, e tem propriedades eufóricas.

 

Ao que o
CM apurou junto de fontes policiais, o casal gay terá adquirido esta
substância numa ‘smart shop\’ com o intuito de que a mesma servisse de
afrodisíaco durante a relação sexual.

 

R.A. era um
dos moradores mais conhecidos da apertada Rua de São Cristóvão, em pleno
bairro de Alfama. "Ele tinha sempre companheiros diferentes em casa.
Homens que ninguém aqui conhecia. Até um homem que se fazia passar por
polícia, com uma falsa carteira de identificação policial. Todos diziam
ser primos dele quando tinham de falar com moradores do bairro", disse
um comerciante.

 

A vítima deixa uma filha órfã, que
mora com a mãe noutra zona de Lisboa. Uma amiga de R.A. "lamentou" a
morte de "uma pessoa muito simpática, reservada e que nunca sequer
causou problemas a ninguém". 

 

"RISCO PODE SER MAIOR",  João Goulão, Pres. Inst. Droga e Toxicodependência

 

Quais são os riscos das chamadas "drogas legais"?

 

João Goulão –
As substâncias vendidas nas smart shops podem envolver um risco maior
do que as clássicas, que são proibidas por lei. Nos fertilizantes a
publicidade é enganosa, pois as lojas vendem para uso humano, mas no
rótulo diz que é para usar em plantas. Os consumidores têm uma falsa
sensação de segurança.

 

Como vê a oferta cada vez maior destes produtos?

 

– Os mecanismos legais não são eficazes e procuramos propostas legislativas. 

 

COMPANHEIRO DA VÍTIMA CHAMOU INEM

 

Quando
se apercebeu do desfalecimento de R.A., o companheiro da vítima chamou
uma equipa do INEM, que constatou o óbito do homem de 51 anos. A PSP foi
então chamada, tendo tomado conta da ocorrência.

 

POLÍCIAS INTERROGARAM SOBREVIVENTE

 

Visivelmente
assustado, o companheiro de R.A. teve dificuldades em relatar à PSP o
que aconteceu no quarto onde faleceu o homem de 51 anos, confirmando aos
agentes que pernoitava ali há algum tempo.

 

FERTILIZANTES PERIGOSOS

 

São
legais, têm efeito sobre a mente e o corpo e prometem uma energia e
diversão inesgotáveis. Contudo, as drogas legais em excesso também
"podem levar à morte", afirmou ao CM um responsável de uma smart shop de
Lisboa, loja que vende drogas que não são proibidas pela lei.

Entre
os produtos mais procurados estão os fertilizantes de plantas – como o
‘Smooth gold\’ – saquinhos coloridos que contêm um pó que pode ser
inalado ou mistur

 


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