Conselheiras tutelares trans são empossadas enfrentando desafios conservadores

0
Getting your Trinity Audio player ready...

Na última quarta-feira (10), ocorreu a posse dos conselheiros tutelares, profissionais responsáveis por garantir os direitos das crianças e dos adolescentes nos municípios brasileiros. No entanto, essa posse foi marcada por atos de resistência, já que apenas quatro mulheres trans e travestis foram eleitas para a função em 2023, enfrentando a presença dominante de conservadores e fundamentalistas religiosos nos cargos.
De acordo com dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), Thara Wells, de Sorocaba, São Paulo, foi reeleita com 685 votos, sendo a segunda mais votada nas eleições para o Conselho Tutelar da cidade paulista. Maria Ísis foi eleita na cidade de Uruçuca, na Bahia; Natasha Cardoso, em Rio Grande, no Rio Grande do Sul; e María Helena, na cidade de Serra, no Espírito Santo. Agora, todas elas terão uma atuação durante quatro anos, cumprindo mandato de 2024 a 2027, trabalhando em prol das crianças e dos adolescentes e buscando a efetivação do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) nos assuntos que envolvem esse grupo.

É importante ressaltar que essa posse ocorre em meio a um histórico conservador no Brasil. A partir da década de 1980, membros de igrejas evangélicas passaram a se integrar às instituições governamentais para promover seus interesses, o que incluiu o Conselho Tutelar. Esses conselhos se tornaram um campo de batalha ideológica, com o objetivo conservador de impor à sociedade uma visão única e conservadora de família, restringindo e interferindo em experiências familiares que não se enquadram no modelo tradicional heteronormativo. Não é coincidência que esses grupos estejam frequentemente associados a denúncias de racismo, LGBTfobia e intolerância religiosa.

Thara, uma das conselheiras reeleitas, destaca a importância de olhar para a diversidade e combater a negligência enfrentada pelas crianças e adolescentes trans. Ela ressalta que essas crianças são frequentemente abandonadas pela família e negligenciadas por instituições como escolas, religiões e serviços de saúde. Nesse sentido, é fundamental desmitificar a ideia de que pessoas LGBTQIAPN+ estejam sempre associadas à pedofilia.

Com Informações matértia completa aqui IG Queer


Deixe um comentário ou dica do que gostaria que pudéssemos trazer de novidade para vocês. E se curte nosso CANAL faça uma doação de qualquer valor para que possamos continuar com esse trabalho.

PIX: (11) 98321-7790
PayPal: [email protected]

TODO APOIO É IMPORTANTE.

Compartilhar.

Sobre o Autor

DEIXE UM COMENTÁRIO

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.