Conheça Larissa Moraes: engenheira lésbica que tornou-se secretária de estado na Bahia

por Daniela Pereira

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A presença de mulheres, negros e indígenas no novo secretariado do governador eleito da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), foi um dos compromissos assumidos pelo petista. E nesta quinta-feira (22), chamou a atenção a nomeação de Larissa Moraes pela cota do MDB para chefiar a Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento (SISH). A pasta tem por objetivo coordenar toda a gestão integrada das águas, neste caso, em âmbito estadual.

Assumidamente lésbica, Larissa é casada e tem dois filhos com sua companheira. Em ato inédito, uma secretária estadual recebeu sua esposa no palco, ao lado do governador e vice eleitos.  “Larissa me permitiu que eu pudesse registrar aqui que nós estamos trazendo uma lésbica para poder dirigir a política. Independente da orientação sexual dela, isso não é o sentido da gestão, nós vamos tratá-la como gestora de água. Mas eu fiz questão de dizer para que a gente possa reconhecer, respeitar as pessoas em seus devidos lugares”, explicou Jerônimo Rodrigues.

Atualmente, a engenheira civil Larissa Gomes Moraes é responsável pela direção de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento da Bahia (Cerb), órgão ligado à SIHS. No quadro de funções de Larissa, ela já atuou como subsecretária na Secretaria Municipal de Ordem Pública de Salvador (Semop), de 2021 a 2022, bem como na direção de Habiação e Regularização Fundiária na Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras Públicas de Salvador (Seinfra), entre 2017 e 2020.

Na atuação política, ela sempre carregou a bandeira em defesa dos direitos da população LGBTQIAP+. Foi candidata a vereadora em Salvador nos últimos pleitos, mas não conseguiu reunir votos suficientes para ingressar na Câmara de Vereadores.

HISTÓRICO

Mas engana-se quem pensa que Larissa Moraes é a primeira lésbica assumida a chefiar uma pasta no governo baiano. Sem nunca ter escondido sua orientação sexual, Luiza Barros foi titular da Secretaria de Promoção da Igualdade do Estado da Bahia (Sepromi).

Em agosto de 2016 ela faleceu, no Rio Grande do Sul, em virtude de um câncer de pulmão. Sua cadeira foi ocupada por Valdecir Nascimento, que inicialmente era superintendente de Políticas para as Mulheres da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial da Bahia.

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