Após passar por 4 curas gays, canadense agora luta pela criminalização da prática. As terapias incluem desde tratamento de choque elétrico até tormento psicológico.
Cheska Lim, Toronto Observer
Tendo crescido em uma igreja evangélica, Jonathan Brower, 16, adorava o senso de comunidade que ela lhe proporcionava e até mesmo frequentava os acampamentos batistas de estudo da Bíblia.
Na época, seus pais estavam se divorciando. Ele buscou um terapeuta cristão para ajudá-lo a lidar com a situação. Foi quando Brower contou a ele que era gay, e sua jornada pela “terapia de conversão” teve início.
“Sempre foi uma boa experiência até que comecei a ouvir gente no púlpito que não era OK ser gay”, disse Brower, que agora tem 35 anos, em uma entrevista para o “Toronto Observer” de sua casa na Colúmbia Britânica.
À medida que saía da adolescência e ingressava na idade adulta, Brower logo percebeu que a terapia de conversão era mais prejudicial do que de ajuda.
A terapia de conversão, também conhecida como terapia reparativa ou terapia de reorientação sexual, busca “corrigir” a orientação sexual da pessoa ou sua identidade de gênero com base em ideias erradas sobre a homossexualidade.
Com o passar dos anos, a aceitação de gêneros e orientações sexuais diversas se espalhou pelo Canadá, mas não sem algum escrutínio. Líderes religiosos, em particular, insistem para que a terapia de conversão seja obrigatória, mas outros dizem que a prática pode causar danos psicológicos irreparáveis.