Uma canadense luta na Justiça pelo reconhecimento como segunda mãe do filho de sua companheira lésbica, em um caso que pode redefinir as leis de custódia no Canadá, afirmou a advogada da demandante nesta quarta-feira.
O pai da criança apóia a solicitação e o governo da província de Ontário tampouco demonstrou oposição, mas um juiz disse que os estatutos parentais só permitem uma mãe, afirmou a advogada Martha McCarthy ao canal de televisão CBC.
\”Existe a idéia de que uma criança pode ter dois pais, um pai e uma mãe, e que não devem ser três\”, disse McCarthy.
A mulher alega que o menino a reconhece como sua segunda mãe, que preparou seu nascimento ao lado da companheira e inclusive cortou o cordão umbilical, continuou a advogada.
O casal também concordou em inserir o pai, doador de esperma, na vida do menino.
\”Este caso é sobre deixar de lado etiquetas, regras e história a favor de tomar um ponto de vista funcional sobre a família. O menino conhece esta mulher como sua mãe. De sua perspectiva, é bastante óbvio que tem duas mães\”, afirmou McCarthy.
Os três pais e os grupos religiosos que se opõem à medida aguardam a decisão da Justiça.