Amor sem tabu: juntas, mulheres lésbicas amamentam 2 filhos

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Depois de encararem uma fertilização in vitro, Marcela e Melanie compartilham a amamentação dos bebês graças a indução à lactação.
“Topo. Vamos!” Essas foram duas palavras mágicas usadas pela escritora e educadora Marcela Tiboni, de 37 anos, para aceitar o desafio de compartilhar as dores e as delícias da amamentação com a esposa, a corretora de imóveis Melanie Graille, 30 anos. Juntas, elas amamentam os gêmeos Bernardo e Iolanda, nascidos em 2018, após uma fertilização in vitro. Assunto pouco divulgado na mídia, a lactação conjunta homoafetiva também foi uma novidade na vida do casal.

O início da relação foi em 2013, durante um curso de pós-graduação, em São Paulo. Desde do começo do relacionamento, o desejo de ter filhos sempre foi latente na vida de ambas.

“Tudo aconteceu muito rápido. Nos encontramos e logo ficamos sabendo desse desejo duplo da maternidade”, conta Marcela Tiboni.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) é apenas uma entre dezenas de entidades do setor que reforça a importância do leite materno para o desenvolvimento das crianças de até dois anos. Ela deve ser exclusiva durante os seis primeiros meses de vida. A medida reduz em 13% a mortalidade por causas evitáveis em crianças menores de cinco anos

O processo de fertilização

Apesar de cogitar a adoção, o casal decidiu que queria viver a maternidade por meio da gestação. Elas concretizaram o desejo com a fertilização in vitro, método gestacional em que a fertilização do óvulo é feita em laboratório e, se a evolução for favorável, os pré-embriões são transferidos para o útero da mãe.

No caso de Melanie e Marcela, o doador do sêmen preferiu não se identificar. Antes de realizar o processo, o casal sentiu falta de informação sobre o assunto, sobretudo em um casamento gay.

“A cada consulta feita pelo médico, as dúvidas sobre essa nova fase cresciam”, relata Melanie, que gestou as crianças.

Amamentação em dose dupla

A dupla amamentação veio como uma proposta descompromissada para as duas mães. Apesar de ambas saberem que o método existia, nenhuma delas tinha noção de como aquilo era viável.

Após uma longa pesquisa, o casal seguiu para as consultas com a ginecologista e obstetra Ana Thais Vargas, e a consultora de amamentação Kely Carvalho Torres.

Do quinto ao sétimo mês de gravidez, Marcela tomou anticoncepcional. A medida fazia parte do tratamento e, assim, houve um aumento de estrogênio, progesterona e prolactina. Em seguida, sua menstruação foi interrompida.

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