Bê-a-Bá da diversidade de forma clara na semana 22ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo

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BÊ-A-BÁ DA DIVERSIDADE DE FORMA CLARA NA SEMANA DA 22ª PARADA DO ORGULHO LBGT DE SÃO PAULO

Em conversa com o jornalista Alvaro Leme, pesquisador da USP explica significados e a questão da inclusão que justificam, e geram dúvidas, na sigla LGBTQIA

Às vésperas da 22ª Parada do Orgulho LBGT, o jornalista Alvaro Leme traz ao seu canal no YouTube uma entrevista exclarecedora com o pesquisador, mestre e doutorando Ricardo Sales. O bate-papo desmistificou de forma simples os conceitos e significados do vocabulário aceito ou não pela comunidade e decifraram uma das dúvidas mais comuns sobre ao tema, que é o porque a sigla do movimento, atualmente LGBTQI, sofrer tantas mudanças e não parar de crescer.

Atualmente a sigla LGBTQIA é a forma utilizada oficialmente pelo programa USP Diversidade, que significa Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros, Queers, Intersexuais e Assexuais. Sales explica que o tamanho da sigla reflete a necessidade de identificação. “O movimento social é complexo e este é o momento em que as pessoas estão querendo afirmar sua identidade, então é natural que essa sigla cresça”. Contudo, o pesquisador entende a dificuldada das pessoas utilizarem uma sigla tão grande, explica que ele usa LGBT+.

Por exemplo, Sales explica porque a letra “L” (lésbicas), foi trazida para a frente da sigla que, quando o movimento começou a ser oficializado, era grafada como GLS – a primeira de todas – e depois GLBT. “No início dos anos 2000, foi compreendido que a letra “L” deveria vir para a frente já que as lésbicas sofrem um preconceito duplo, a questão da orientação sexual e também com o machismo. Elas são fetichizadas, elas ouvem coisas horrorosas nas ruas quando estão com suas companheiras, recebem ofensas e agressões nas redes sociais. Então a sigla foi alterada justamente para pensarmos na situação mais complexa das mulheres homossexuais”.

A entrada do “Q”, que se refere à palvra de origem inglesa “queer”, também é outro ponto de dúvidas e foi questionada pelo jornalista. “Mais do que ser homossexual, “queer” representava uma ofensa pesada, como “bicha” ou coisas mais ofensivas. Nos anos 80, um grupo de estudiosos e ativistas criou a chamada “teoria queer” que problematiza a questão da heteronormatividade”, explica o pesquisador ao falar sobre as regras que regem o mundo heterossexual e acabam sendo impostas aos homossexuais para que sejam tolerados pela sociedade.

A conversa continua esclarecendo e dismistificando a sigla, por exemplo, alertando que a palavra “hermafrodita” não é mais utilizada, as pessoas nessa condição são os intersexuais, e as diferenças entre as diferentes orientações que estão abaixo da condição de transgêneros, como as definições de travestis e transexuais que sempre são trazidas aos debates sobre o tema.

Identificação de gênero e a língua portuguesa

Recentemente, muitas pessoas têm adotado o  “x” em substituição às vogais que identificam o gênero, não apenas para estimular a igualdade entre homens e mulheres, mas também para incluir as pessoas que se consideram não-binárias, ou seja, que não se identificam totalmente como homens ou mulheres. No entanto, é feita a advertência que essa forma de grafia tem prejudicado os deficientes visuais já que o os programas e dispositivos de leitura utilizados por eles não conseguem idenficar e reproduzir essas palavras. “Resolvemos isso utilizando as próprias ferramentas que a língua nos dá, como ‘todas as pessoas’”, sugere Sales.

Independente da complexidade do tema, o estudioso lembra que existe algo mais importante do que saber palavras e significados. Nas apresentações em que é convidado faz questão de destacar: “vamos passar por um alfabeto de palavras difíceis que são importantes, mas ninguém precisa decorar nada, a única coisa que a gente precisa decorar é ‘respeito’. Respeito que não demanda compreensão e nem aceitação”.

Para assistir ao vídeo na íntegra, acesse o link abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=VGTcV4XIC2Y

Maratona CanAlvaro

A entrevista faz parte da maratona com vídeos diários durante todo o mês de maios no canal do jornalista Alvaro Leme, no YouTube. Além da apresentadora da Rede TV!, os internautas podem outras conversas reveladoras com nomes como Didi Wagner, Fiuk, Bia Granja, Pathy de Jesus, Luisa Mell, Paula Lima, Joyce Pascowitch, Ticiane Pinheiro, Luciana e Marcella Tranchesi, Julia Faria, Carla Pernambuco e André Lima.

O CanAlvaro é um canal dedicado a entrevistas com pessoas interessantes, com níveis variáveis de fama: vale tanto conversar com uma pessoa renomada num segmento específico, como culinária, quanto receber artistas conhecidos em todo o país.

Alvaro é Jornalista formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, vive desde 2000 em São Paulo. Passou pela coluna Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, e pelas revistas Contigo!, Glamour, Veja e Veja São Paulo.

Informações à Imprensa

C+M Comunicação

Tel.: 11 3842-7725/ 7731 – 11 95653-2013

Antonio Montano – [email protected]


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