300 mil pessoas na Parada Gay de Manaus

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Jony Clay Borges
Da equipe de A CRÍTICA
 
A 8ª Parada do Orgulho LGBTT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) levou uma multidão de 300 mil pessoas para a praia da Ponta Negra ontem, segundo dados da Polícia Militar citados pelos organizadores do evento. Com o tema “Ame, viva e vote consciente”, a manifestação fez o público dançar e se divertir com música eletrônica e performances e shows de drag queens, go-go boys e go-go girls.
A concentração para a parada teve início às 16h. O desfile começou por volta das 18h, com o desfile de nove trios elétricos ao longo de uma das vias da Estrada da Ponta Negra, em direção ao anfiteatro. Bruna La Close, coordenadora-geral do evento ao lado de Weydman Lopes, deu a largada para a festa anunciando a execução do Hino Nacional. À frente do trio e da multidão, ela se deixou levar pela emoção.
“Ouvir o Hino tocando e ver essa multidão de gente aplaudindo um evento que é sempre uma dificuldade para se fazer, é gratificante”, declarou Bruna. Segundo ela, mesmo num ano eleitoral como este foi difícil conseguir o apoio para a realização do evento. “Pensamos que seria mais fácil, mas foi o ano em que conseguir apoio foi mais complicado. Os candidatos não queriam comprometer as campanhas”, disse.
 
Bom humor e respeito
Na pista, a alegria tomava conta do público por conta das fantasias e performances de transformistas e de drag queens. Com seu visual exagerado, bem humorado e alegre, elas eram assediadas por homens, mulheres e até crianças que se aglomeravam para tirar fotos ao lado delas. Para a drag queen Thaynna Rivollys, o assédio era mais do que bem-vindo. “No dia de hoje é maravilhoso. Só faltava que isso passasse também a acontecer nos outros dias do ano”, afirmou ela, que se ressente da falta de consideração das pessoas no cotidiano. “A gente não tem respeito das pessoas. Hoje para nós é o Carnaval dos gays, mas não somos respeitados. Falta respeito, e o principal, educação.”
Drag queen paulista convidada como atração da festa, Andara Gold se disse encantada com o público manauense. “É a primeira vez que venho a uma parada em Manaus. Estou adorando, é um povo muito hospitaleiro e educado”, elogiou.
 
Além do público LGBT, a festa também levou à Ponta Negra muitos heterossexuais, alguns acompanhados dos filhos. Caso da psicóloga Maria Áurea, de 41 anos, que acompanhava a parada ao lado da filha, Amanda, 16. “Estou achando lindo, maravilhoso. Venho à parada todos os anos. É bem interessante, afinal de contas, estamos num mundo gay, não?”, declarou ela. E o que há na parada que atrai pessoas como ela? “É que aqui o povo é feliz”, disse Maria. “A felicidade deles já diz tudo.”

Fabrício Nunes
Presidente
Orquídeas GLBT
\”Um novo caminho para o Amazonas\”


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