Cartilha da ONU em Braille amplia acesso a informações sobre igualdade LGBTI

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Destinado a empresas e à sociedade civil, o folder disponibiliza padrões de conduta e explica como a inclusão é positiva

Pessoas com deficiência visual encontram diversos obstáculos no cotidiano por falta de acessibilidade e uma das principais dificuldades se refere à leitura e à informação. De acordo com a União Mundial de Cegos (WBU, na sigla em inglês), menos de 10% dos livros publicados se tornam acessíveis para essa população, o que limita o leque de oportunidades de pleno desenvolvimento, educação e trabalho. Além disso, as poucas obras que são publicadas têm um custo muito mais alto do que os originais.

A fim de romper esse ciclo e democratizar o acesso à informação sobre direitos humanos, a campanha da ONU Livres & Iguais lançou em 2018 uma cartilha em Braille sobre ações que buscam integrar pessoas LGBTI ao mercado de trabalho e à sociedade. Destinado a empresas e à sociedade civil, o folder disponibiliza padrões de conduta que orientam iniciativas e mostram como a inclusão é positiva.

A Livres & Iguais é uma iniciativa das Nações Unidas para promover a igualdade de direitos e o tratamento justo de lésbicas, gays, bissexuais, pessoas trans e intersexo. No Brasil, o projeto é liderado pelo Escritório de Coordenação da Organização.

De acordo com a cartilha, devido a fatores que vão da força de trabalho reduzida e perda de talentos à falta de produtividade, o preço pago pela discriminação é muito alto. Um estudo recente do Banco Mundial estimou que a discriminação contra pessoas LGBTI pode custar o valor de uma economia do tamanho da Índia — aproximadamente 32 bilhões de dólares ao ano. Esse montante poderia ser revertido em serviços essenciais, como educação e saúde.

Ainda são poucos os materiais impressos que têm a preocupação de ser acessíveis às pessoas cegas. “Isso vai de coisas simples, como um cartão de visitas que inclua suas informações de contato em Braille, a folhetos de distribuição ao público, relatórios e outras publicações. É importante lembrar também que os materiais disponíveis online, inclusive nas redes sociais, estejam em formatos compatíveis com programas leitores de tela”, afirma a assistente de direitos humanos da ONU Brasil Maria Eduarda Dantas.

Dantas avalia ainda que, para as pessoas não cegas, entregar materiais impressos em Braille passa uma mensagem muito positiva de inclusão, pois contribui para a visibilidade das pessoas com deficiência e lembra que existe uma grande diversidade de corpos e de capacidades.

 

JM on line


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