Turismo gay está em alta nos EUA e no mundo

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SOUTH LAKE TAHOE, Estados Unidos (Reuters) – Steve Rowelo passeava na neve amolecida na estação de esqui Heavenly, nas montanhas de Sierra Nevada, usando peruca de cachos loiros, meias de arrastão pretas e um vestido de cancã preto e vermelho.

Atrás dele, bandeiras de arco-íris– há anos símbolos da comunidade gay– tremulavam ao vento, enquanto 150 esquiadores, alguns fantasiados como Rowelo, confraternizavam numa festa, tomando cerveja e comendo sanduíches.

Rowelo, 43 anos, era um dos estimados 1.000 participantes da recente semana de esqui para gays e lésbicas realizada no local, uma parte pequena do mercado mundial de turismo gay, que movimenta 55 bilhões de dólares. Como relativamente poucos gays têm filhos, eles frequentemente possuem renda maior e têm mais liberdade para viajar fora das férias, além de poder tirar férias mais frequentes e mais longas do que a maioria dos casais heterossexuais com filhos.

“Somos um mercado ideal”, disse John D’Alessandro, diretor executivo interino da Associação Internacional de Turismo Gay e Lésbico.

De acordo com a empresa de turismo gay Community Marketing, de San Francisco, pelo menos 98 por cento dos gays tiraram férias pelo menos uma vez no ano passado, e 56 por cento o fizeram três ou mais vezes. Enquanto isso, apenas 60 por cento dos heterossexuais tirou tempo para viajar em férias.

Ainda mais revelador, segundo o presidente da empresa, Tom Roth, é que 80 por cento dos homossexuais, homens e mulheres, têm passaportes válidos, contra apenas 20 por cento dos heterossexuais adultos.

Rowelo contou que faz duas ou três viagens por ano com grupos gays para lugares como Rio de Janeiro, Istambul e Mykonos, onde sente um ambiente de segurança e bem-estar. “É bom poder ir para algum lugar e sermos nós mesmos, sem preocupações”, disse ele.

O setor de cruzeiros gays e viagens organizadas em grupos gays está em franco crescimento. A agência Olivia, especializada em cruzeiros e turismo ao ar livre para lésbicas, viu sua base de clientes passar de 800 para mais de 13 mil em 12 anos, e seus cruzeiros frequentemente partem com todas as passagens vendidas. Segundo sua executiva-chefe, Amy Errett, a empresa prevê fazer negócios no valor de 20 milhões de dólares este ano e está pensando em construir uma comunidade para aposentadas lésbicas.

A humorista nova-iorquina Judy Gold levou seus dois filhos num cruzeiro familiar para as Bahamas, em julho, reservado através da R Family Vacations, pertencente à apresentadora Rosie O’Donnell, que oferece cruzeiros para famílias de gays e lésbicas. “Foi espantoso para meus filhos ver outras famílias como a nossa”, comentou.

As secretarias de turismo também estão cortejando o mercado gay. Fort Lauderdale, Flórida, que se promove como sendo o maior resort gay dos EUA, recebeu mais de 800 mil visitantes gays em 2004, quase 9 por cento de todos os turistas que recebeu.

O escritório de convenções e turismo da cidade possui ligações com a comunidade gay e publicações voltadas a destinos turísticos operados por gays ou que se mostram abertos a eles.


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