Mais de metade dos portugueses não assume orientação sexual no local de trabalho

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Mariana Sousa Lopes

Mais de metade dos portugueses não assume a orientação sexual no local do trabalho e considera que é mais benéfico escondê-la no processo de recrutamento. Em Portugal, apenas 34% dos profissionais sentem abertura para revelar as suas preferências sexuais.

Cerca de 23% dos trabalhadores garantem já ter sido alvo de discriminação numa entrevista de emprego. O estudo “Diversity at Work”, do ManpowerGroup, revelou as dificuldades sentidas pelos trabalhadores em abordar a orientação sexual e identidade de género em contexto empresarial.

Em Portugal, a maioria dos inquiridos, 62,5%, garante que partilhar a sua orientação com colegas melhora a produtividade. Sendo que 85,16% dos trabalhadores dizem que os ambientes inclusivos permitem criação de ideias mais inovadoras e melhores resultados. Contudo, “apenas 34% dos profissionais portugueses entrevistados e 41% do universo da comunidade LGBTQI + sentem abertura para revelar a sua orientação no seu entorno laboral”.

Em relação aos processos de recrutamento, as opiniões são díspares. Mais de metade dos portugueses inquiridos, 51,89%, “acredita ser mais benéfico para o candidato esconder a orientação sexual ao longo de um processo de recrutamento”. Na comunidade LGBTQI+, apenas 41,39% concordam com essa decisão. Aliás, Portugal é o país em que as pessoas mais ocultaram intencionalmente a sua orientação sexual em entrevista de emprego.

Mais de metade dos entrevistados, 59,52%, revela já ter presenciado “comportamentos não inclusivos no seu local de trabalho, tais como piadas sobre a comunidade LGBTQI+”. Cerca de 60% das pessoas questionadas acusam as lideranças por concretizarem essas situações. Sendo que 11,9% foram vítimas de violência verbal no local de trabalho por causa da identidade de género ou da orientação sexual.

A partilha da orientação sexual já prejudicou oportunidades de carreira a 20,24% dos portugueses. Apenas 7,14% dos trabalhadores dizem já terem sido promovidos depois de partilharem a orientação sexual.

Portugal foi o segundo país da Europa em que um maior número de entrevistados (35,98%) assumiu que um dos critérios na escolha de novas oportunidades de emprego passa pelas políticas LGBTQI+ vigentes nas organizações.

O estudo apurou 4800 respostas de 14 países: Áustria, República Checa, Alemanha, Grécia, Hungria, Israel, Itália, Portugal, Roménia, Eslováquia, Espanha, Suíça, Turquia e Reino Unido.

JN.pt


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