Futebol para todos: torcedores se mobilizam por bandeira LGBTQIA+ na arena do Palmeiras

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Promessa é de que símbolo da PorcoÍris seja colocado na arquibancada nesta segunda-feira.

Por Bruno Diniz, Gabriela Ribeiro e José Edgar de Matos — São Paulo

Era Camila, João Vitor e Mariana. Mas poderia ser José, Gabriela, Bruno ou Bruna. Todos (ou todes) os palmeirenses devem estar representados no fim da tarde desta segunda-feira no Allianz Parque, palco do duelo entre Palmeiras x Atlético-MG, pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro. Por iniciativa dos três primeiros, ao lado de um grupo com o total de 15 palmeirenses, o público LGBTQIA+ vai ter em breve o seu espaço em um estádio de futebol, ainda muitas vezes hostil.

Mesmo em uma arena sem público, um coletivo chamado PorcoÍris, do qual fazem parte Camila Taraborelli, João Vitor e Mariana Mendonça, se encontra sob a expectativa de ver uma bandeira do grupo na arena. A ação, que será definida pelo Palmeiras no dia do jogo, quer abraçar muito mais do que os 15 membros do grupo. O objetivo é expandir a causa, acolher e ratificar: o futebol tem espaço para todos.

— A gente está só começando um espaço. Acho que pode começar a ganhar corpo ou ter sentido quando essa união tiver algum efeito maior. Óbvio que sou grato ao Palmeiras por ter aprovado a bandeira e tomara que ela esteja lá, mas é só um começo. Ainda há um pessoal que não aceita, né? Mas nós estamos aqui, nós vamos falar de futebol e vamos torcer pelo Palmeiras — falou o engenheiro João Vitor, fundador da PorcoÍris.

O coletivo nasceu diante de uma percepção de João Vitor nas redes sociais. Quando clubes, como o Palmeiras, compartilhavam imagens para celebrar casais, havia uma regra: heterossexuais. O palmeirense questionou a postura e rapidamente recebeu uma enxurrada de respostas preconceituosas de outros torcedores. Ali, veio a necessidade de um espaço para abraçar não apenas João, mas Mariana, Camila e tantos outros.

— Tive a ideia de fazer um perfil anônimo para dar essa voz, no sentido que as pessoas dessem um lugar para a gente na torcida. Alguns vieram falar que a gente tinha que “torcer para o time do outro lado do muro” (em alusão ao São Paulo, vizinho de CT do Palmeiras). Mas a gente é palmeirense. Sempre fui palmeirense; aliás, o primeiro da família. A gente precisava marcar esse lugar e deixar uma voz para o torcedor. Queremos falar de futebol — declarou.

Matéria completa Globo Esporte


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