Casa 1 realiza atendimento virtual com profissionais de saúde mental para população LGBT

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Com as medidas de isolamento por conta da pandemia do Coronavirus, a Clínica Social Casa 1, braço de atendimento de saúde do Centro de Acolhida e Cultura Casa 1, fechou as portas de seu espaço físico mas seguiu com os atendimentos de forma online. 

Além do processos psicoterápicos continuados, o Plantão de Escuta, atendimento pontual que acontecia praticamente todos os dias, seguiu adaptado às necessidades dos tempos atuais. Todas as terças, às 14h, é publicado nas redes sociais da Casa no Facebook e Instagram um link para inscrições das escutas que acontecem às quartas e quintas das 18h às 20h, por meio de videoconferência com horário marcado previamente. 

“O Plantão de Escuta foi criado pelas demandas latentes de pessoas que frequentavam as atividades do Centro Cultural e dos próprios voluntário”, explica a psicanalista Livia Lourenço, uma das coordenadoras da Clínica Social. 

O objetivo do plantão é fornecer um atendimento individual para quando as pessoas estão mais aflitas e receosas. “É um momento muito único e exclusivo de troca entre quem escuta e quem é escutado e possibilita um encontro em si de soluções e caminhos para questões mais emergenciais e pontuais”, relata Livia apontando que a prática é bastante comum em grandes períodos de emergência como desastres naturais e catástrofes. 

Além do Plantão de Escuta aberto para toda população LGBT, os atendimentos dos moradores e moradoras também segue online. “Levando em consideração que trabalhamos com um grupo de pessoas em grande vulnerabilização e de uma faixa etária mais jovem, eles tiveram bastante dificuldade de entender e compreender as demandas que chegaram com o isolamento social”, explica a psicóloga Letícia Ferreira, também coordenadora do serviço. 

“E com o isolamento surgiram ainda conflitos que não estavam latentes, como as relações familiares e até com o próprio corpo”, explica a profissional se referindo ao aumento da demanda de processos de hormonioterapia por parte das pessoas trans. “Antes da quarentena eles e elas estavam correndo atrás de trabalho, de estudos, de como lidar com coisas práticas e questões como os conflitos familiares ficavam em segundo plano”, finaliza Letícia. 

O retorno tanto de quem é escutado quanto de quem escuta são extremamente positivos: “Os relatos que temos é que está sendo bom para todo mundo, as pessoas que demandam falam que ajudou bastante em questões como conflitos familiares e incertezas e os profissionais se sentem bem por conseguirem exercer a profissão em um momento tão necessário”, aponta Livia. 

Vale ressaltar que o trabalho com moradores e moradoras passa também por outros serviços: “Somos uma equipe multi, então além dos atendimentos regulares, os educadores e educadoras seguem com aulas online de inglês, espanhol, maquiagem, canto, costura e teatro, o que auxilia aos moradores e moradoras não só a passar o tempo mas também criar perspectivas para o pós isolamento”, conta Leticia 

Hoje a Casa 1 conta com 11 jovens acolhidos e com um trabalho extensivo de distribuição de cestas básicas para população, sempre priorizando pessoas LGBT.


Serviço

Plantão de Escuta: Quartas e quintas das 18h às 20h, por meio de videoconferência. 

Inscrições: Segundas, às 14h, em link disponibilizado nas Redes Sociais da Casa 1

https://www.facebook.com/casaum/

https://www.instagram.com/casa1

Foto: Carla Carniel


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