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A comunidade LGBTQIAPN+ abarca uma diversidade gigantesca – e o mundo da cultura pop, ainda bem, está ficando cada vez melhor em refletir essa diversidade nas telas. Por isso, com a aproximação do Dia do Orgulho LGBTQIAPN+ (comemorado no próximo 28 de junho, no aniversário da revolta de Stonewall, que deu o pontapé inicial no ativismo como o conhecemos hoje), o Omelete resolveu fazer uma lista diferente.
Abaixo, você vai encontrar uma indicação de filme ou série de TV que representa cada uma das letras da sigla LGBTQIAPN+. É a nossa melhor tentativa de abarcar a vivacidade gigantesca dessa comunidade, de celebrar suas vivências – e, é claro, de indicar alguns títulos que valem a pena assistir. Vem com a gente, e feliz dia do orgulho!
*Esta lista será postada em cinco partes durante a semana do dia 28 de junho, com dois filmes adicionados diariamente.
L – Lésbicas
G – Gays
B – Bissexuais
Difícil encontrar uma história bissexual no cinema ou na TV que não envolva a traição (até ótimos filmes, como Minhas Mães e Meu Pai, Passagens e Anatomia de uma Queda, caem nessa armadinha). E daí nos lembramos de Canções de Amor, o sensível musical francês em que Louis Garrel interpreta um homem em luto pela morte da namorada Julie (Ludivine Sagnier), que por sua vez levou à dissolução do trisal que os dois formavam com Alice (Clotilde Hesmé). É quando ele conhece o idealista Erwann (Grégoire Leprince-Ringuet), que lhe faz acreditar de novo, ainda que cautelosamente, no amor. É um romance moderno e complicado que mistura a melancolia e a mística parisienses com uma bela trilha sonora – e, olha só, no qual ninguém trai ninguém! (Caio Coletti)
T – Trangêneros, transsexuais e travestis
Antes de levar a Palma de Ouro por Anora, Sean Baker virou sua câmera (de iPhone!) para um grupo de prostitutas lidando com desventuras amorosas e indignidades do trabalho, tudo enquanto encontram compreensão e afeto umas nas outras, no espetacular Tangerina. Caótico, divertido, energizante e valoroso em seu retrato compassivo de personagens que vivem à beirada do mainstream – como todos os filmes de Baker -, Tangerina é também o longa mais desarmado do cineasta, largamente porque ele deixa as protagonistas Kitana Kiki Rodriguez e Mya Taylor tomar as rédeas da própria representação e assegurar que aquele final seja o soco no estômago e o afago no coração que precisava ser. Simplesmente inesquecível. (Caio Coletti)