VÍDEO: Aos 18 e aos 74, eles contam o que é ser gay no Brasil

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ÉPOCA convidou homens homossexuais de gerações diferentes para dialogar

João Paulo Saconi

Cinquenta e seis anos e dois países completamente diferentes separam Willian Soares, de 74 anos, e Luís Filipe Menezes, de 18: o Brasil de hoje, em que o mais novo vivencia a descoberta da juventude enquanto homossexual assumido, e o de ontem, em que o mais velho conheceu o que chama de “uma vida perdida no campo dos afetos” enquanto escondia a própria sexualidade no armário. ÉPOCA convidou os dois para um diálogo sobre as assimetrias e as semelhanças de suas vivências como parte da comunidade LGBTI+ e descobriu detalhes sobre o processo de auto-aceitação, a relação com a família e a inclusão na sociedade. O resultado está disponível no vídeo que acompanha esta publicação.

— Nunca tive uma conversa com a minha família sobre sexualidade. Minha mãe morreu sem saber que eu era gay e meus irmãos frequentam a minha casa, conhecem o meu marido, mas nunca precisaram falar sobre isso comigo. Eu me casei, tive uma filha e consegui entender que precisava me assumir aos 50 anos. Foi uma vida inteira perdida no campo dos afetos — comenta Willian, que foi professor e pró-reitor da Universidade do Rio de Janeiro (Unirio) e hoje aproveita a aposentadoria se revezando entre o dia a dia em Copacabana, na Zona Sul do Rio, e o astral de Búzios, na Região dos Lagos, onde comprou uma casa.

Para Luís Filipe, a relação entre os laços familiares e as primeiras experiências sexuais com pessoas do mesmo sexo foi completamente diferente. Ele se assumiu aos 14 anos para a mãe e, desde então, acredita estar compreendendo cada dia mais a necessidade de os gays conquistarem um lugar na coletividade.

— Tive pânico de decepcionar meus pais e a família. Mas acho que quanto mais espaço a gente conquista, mais a gente precisa alcançar. Quando nos expomos, acabamos esperando um mundo preconceituoso. Eu já ouvi, por exemplo, que vou ser um mal professor de Música porque não vou saber tratar os alunos homens com neutralidade. Por que a minha sexualidade necessariamente é um empecilho para a profissão? — questiona o jovem, que vive em Curicica, na Zona Oeste carioca, e sonha em cursar licenciatura na faculdade de Música da mesma Unirio em que Willian trabalhou.

Para Luís Filipe, a relação entre os laços familiares e as primeiras experiências sexuais com pessoas do mesmo sexo foi completamente diferente. Ele se assumiu aos 14 anos para a mãe e, desde então, acredita estar compreendendo cada dia mais a necessidade de os gays conquistarem um lugar na coletividade.

— Tive pânico de decepcionar meus pais e a família. Mas acho que quanto mais espaço a gente conquista, mais a gente precisa alcançar. Quando nos expomos, acabamos esperando um mundo preconceituoso. Eu já ouvi, por exemplo, que vou ser um mal professor de Música porque não vou saber tratar os alunos homens com neutralidade. Por que a minha sexualidade necessariamente é um empecilho para a profissão? — questiona o jovem, que vive em Curicica, na Zona Oeste carioca, e sonha em cursar licenciatura na faculdade de Música da mesma Unirio em que Willian trabalhou.

 

 

https://epoca.globo.com/video-aos-18-aos-74-eles-contam-que-ser-gay-no-brasil-23189827


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