Turismo LGBT movimenta bilhões e oferece oportunidades para atrativos

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Segmento cresce 11% anualmente, enquanto o turismo convencional evolui somente 3,5%

Por ano, o turismo LGBT mundial movimenta US$ 3 bilhões, segundo a Organização Mundial do Comércio (OMC). Com esse dado, Alex Bernardes, diretor comercial da Revista ViaG, instigou a plateia do seminário “Isto é Mato Grosso do Sul” a pensar em atrativos turísticos para atrair esse público.

A palestra “O crescimento e as oportunidades do Turismo LGBT no Brasil e no mundo” ocorreu no centro de convenções do estado e ofereceu um panorama do comportamento de interesse e consumo do turista LGBT. No Brasil, o segmento é responsável pela movimentação anual de R$418 bilhões.

São Paulo é sede da maior Parada do Orgulho Gay do mundo, um do eventos mais importantes da comunidade. Em 2019, a celebração rendeu R$ 403 milhões.  Durante o período, marcas realizaram ativações e eventos para captação de público. A festa neste ano, reuniu cerca de três milhões de pessoas na Avenida Paulista.

Segundo um estudo Inglês, quando se investe em respeito a diversidade e inclusão, a probabilidade corporativa de bater metas aumenta em 15%. A cada 10% de diversidade que se aplica dentro da empresa, a lucratividade cresce 3,5%.

O viajante LGBT preza pela qualidade do serviço, o estudo aponta que estes turistas estão  30% mais dispostos que pessoas heterossexuais a gastar em conforto nos locais de hospedagem. “É um público (94%) que não frequenta pontos onde há qualquer política ou ideologia homofóbica, são raras as exceções que se aventuram por locais assim”, afirma Bernardes.

Hoje em dia, locais como Fort Lauderdale se declaram gay friendly e trans friendly. A nomenclatura indica que homossexuais e pessoas trans são bem-vindas e por este fator, estão entre os mais buscados para consumo e lazer.

Perfil e mercado

Na Europa e nos Estados Unidos, cerca de 75% das pessoas LGBTs possuem salários acima da média nacional e 89% são formados no ensino superior. 78% contém passaportes ativos, enquanto a média residencial é de 29%. 45% desse público viaja para o exterior, em contrapartida, somente 9% dos heterossexuais fazem viagens desse perfil.

O turista LGBT na Europa, gasta cerca de 50 bilhões de euros por ano e nos Estados Unidos, o consumo chega a US$760 bilhões. 75% desses viajantes possuem os melhores cartões de crédito.

“Olha só quanta oportunidade de mercado nós temos e quanto dinheiro estamos dando para outros países por falta de atrativos no Brasil. As oportunidades são inúmeras e temos que aproveitar”, frisa Alex.

Um dos exemplos citados é a LiGay, liga de futebol masculino amador, inspirada na GFSN National League. Com foco no público gay, o evento que acontece desde 2017, classifica o vencedor para a Copa do Mundo de Futebol gay, realizada internacionalmente em uma cidade-sede a cada ano.

“Por que não, fazer um evento desses aqui no Mato Grosso do Sul? Um campeonato de vôlei, basquete ou qualquer esporte. Por que não, promover um cruzeiros pelos rios do pantanal focando nesse público, ou uma pescaria? Vocês tem os recursos e eu garanto que será muito divertido”, incita Bernardes.

Brasilturis Jornal viaja a convite da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul, com proteção Affinity.

Brasilturis


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