Presidenciais: Ventura concorda que “ser homossexual não desvaloriza ninguém”

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O pré-candidato presidencial do Chega assume que “ser homossexual não desvaloriza em nada ninguém” e mostrou-se favorável ao casamento gay, adiantando que o seu partido tem pessoas de diversas orientações sexuais, “eventualmente” até na cúpula dirigente.

Dadas as várias posições assumidas por André Ventura contra os direitos das minorias, sejam refugiados, imigrantes ou a comunidade cigana, a agência Lusa quis perceber como reagiria o líder do partido da extrema-direita portuguesa se tivesse um filho homossexual?

“(risos)… Eu, se tivesse um filho homossexual… (hesitação), pessoalmente – talvez algumas pessoas não gostem disto –, não teria nenhum problema com isso porque tenho muitos amigos homossexuais, alguns deles do mais brilhante que eu conheci na vida, que falam muito bem comigo e que percebem que nunca tive nenhuma onda de combatividade aos homossexuais ou à comunidade LGBT”, respondeu.

Voltando a ressalvar que “talvez alguma parte” do eleitorado” do Chega não esteja de acordo consigo, Ventura declarou que a direita com que sonhou, “tal como em muitos pontos da Europa, é uma direita em que as pessoas se unem em torno de causas, convicções, e não de condições pessoais de cada um”, pois “ser homossexual não desvaloriza em nada ninguém e não desvaloriza a capacidade de combate político”.

“Estou em crer – não tenho dados sobre isso – que o Chega tem homossexuais entre os seus milhares de militantes. Entre os dirigentes, eventualmente. E quero que continue a ser assim. Se tivesse um filho homossexual eu respeitaria isso”, afirmou.

Sobre “se ficaria feliz se ele [filho]casasse nos mesmos termos em que casam outras pessoas”, o presidente do Chega referiu ter “uma posição”, mas respeitar que a maior parte do partido tenha outra e entenda que o casamento não deva existir exatamente nos mesmos termos”.

“A minha posição pessoal é a de que um casal de homens ou de mulheres não devem ter menos direitos do ponto de vista da sua presença na sociedade do que um casal homem-mulher”, declarou.

O líder nacional-populista deu ainda como exemplo o aborto, tema sobre o qual também tem um posicionamento de possível “discordância com a base do partido”.

“Sempre disse que, eticamente, compreendo e sou contra o aborto, mas não vou propor a sua criminalização, porque não funciona, não resolve. Compreendo que a maioria no partido ache que deva ser crime, mas choca-me enquanto jurista e político”, concluiu.

JM.madeira


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