Pontos para a cultura da diversidade

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O debate em torno da questão não é de hoje, mas o momento revela novos contornos. Luiz Mott, fundador do Grupo Gay da Bahia e professor de antropologia na UFBa, faz uma análise abrangente sobre o assunto. Afirma que o Brasil é um país contraditório no trato à homossexualidade.
– Ao mesmo tempo em que há o lado cor-de-rosa, representado pelo Jean e pela maior parada gay do mundo, pelo apoio dos dois últimos presidentes do país, há também o lado vermelho-sangue, que coloca o Brasil como campeão mundial na morte de homossexuais. Um gay é assassinado a cada dois dias.
Mott acrescenta que a vitória de Jean reflete uma solidariedade de simpatizantes aos direitos homossexuais e às minorias, mas também uma mobilização massiva da comunidade GLTBS (gays, lésbicas, bissexuais, transgêneros e simpatizantes). Também diz que a visibilidade conquistada por um gay não-estereotipado foi extremamente positiva para o movimento.
– Considero que a abertura de espaços específicos para as minorias sociais colabora para a consolidação da cultura da tolerância e da diversidade, mas a sociedade continua a excluir homossexuais da igreja, exército e discriminar em universidades e nos meios de comunicação.
O movimento homossexual brasileiro tem crescido significativamente na última década. Hoje, são mais de 170 grupos de Norte a Sul do Brasil, em todas as capitais e também nas principais cidades. Em Florianópolis, o New Floripa, que congrega adolescentes gays ganhou destaque no final de tarde do dia 8 de abril com o seu “Beijaço”. Numa manifestação inusitada, no centro da capital, o coordenador Washington Campos acredita que cerca de 200 jovens trocaram afeto publicamente, em forma de beijo ou abraço.
Manifestação chamada “Beijaço”, que aconteceu no dia 8 em Florianópolis, foi idealizada para dar visibilidade ao afeto entre casais do mesmo sexo
É um exemplo do que Mott classifica como uma jornada positiva contra a homofobia que, segundo ele, caminha em frente mas, às vezes, dá saltos para trás. Ele explica:
– Em 1972, um deputado paulista propôs a censura na tevê aos homossexuais e agora, em pleno 2005, Severino Cavalcanti faz a mesma proposta. Isso é coisa de pessoas marcadas doentiamente pela homofobia, capazes de causar grandes danos à cidadania – reflete o ativista.
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colaborador Washington MuleKe da Silva


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