Miguel Marujo
O Papa Francisco recomendou aos pais que não condenem, que conversem, abram espaço aos filhos para falarem. “O silêncio não é remédio”
O Papa Francisco sugeriu que os pais não devem condenar a homossexualidade dos filhos, antes procurarem conversar com eles. “O silêncio não é um remédio”, apontou o bispo de Roma, falando aos jornalistas a bordo do avião no qual regressava a Roma, depois da visita à Irlanda.
Questionado por um jornalista sobre o que diria a um pai se tiver um filho homossexual, o Papa começou por lembrar, citado pelo jornal italiano La Repubblica: “ Sempre houve pessoas com tendências homossexuais…” E acrescentou : “Eu diria a um pai para orar, não para condenar, dialogar, compreender, abrir espaço para o filho e para a filha se expressarem.”
Francisco reiterou depois que há abordagens diferentes conforme a idade dos filhos. “ Em que idade surge essa inquietação? Uma coisa é se ela se manifesta como crianças: há tantas coisas a ver com a psiquiatria. Outra é se ela se manifesta depois dos 20 anos. O silêncio não é um remédio: ignorar um filho com tendência homossexual é uma falta de paternidade ou de maternidade.”
Francisco regressou a Roma, depois de dois dias na Irlanda, para participar no IX Encontro Internacional de Famílias, onde foi confrontado com os muitos casos de abusos sexuais de menores que mancham a igreja irlandesa. O Papa pediu perdão por esses abusos, numa visita onde foi também muito contestado.
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