Pais LGBTQIA+ falam sobre a importância da adoção e gestação paterna

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No Dia dos Pais, convidamos três pais para conversar sobre como é ressignificar a data.
  • São mais de cinco milhões de pessoas sem o nome do genitor no registo de nascimento, mais milhares que sofrem com o abandono paterno – muitas por questões de sexualidade e gênero
  • Datas comemorativas são uma oportunidade de ressignificar a própria história, especialmente no dia dos pais
  • O iG Queer conversa com duas famílias que usam a internet para quebrar preconceitos e inspirar pessoas sobre o que é ser pai

Dia dos Pais  é uma data de celebração para muitas pessoas, entretanto é preciso falar sobre as mais de 5 milhões de pessoas sem o nome do genitor no registro de nascimento, fora as pessoas que sofrem com o abandono paterno. Infelizmente, a realidade de muitas pessoas da comunidade LGBTQIAP+ é marcada pela não aceitação e exclusão familiar . Assim,  essas datas comemorativas precisam ser ressignificadas à medida que os anos passam , tanto para evitar o próprio sofrimento quanto para se permitir viver os próprios sonhos.

Desconstruir e construir  novos conceitos pessoais e sociais de paternidade é um desafio e quebra de padrões.  O iG Queer conversa com duas famílias que têm histórias diferentes e encontraram formas de mostrar sua realidade e inspirar as pessoas pelas mídias sociais. Ambas relatam que, apesar de algumas toparem com discurso de ódio, ao final do dia o saldo de amor é maior. Conversamos com o  Cleyton Bitencourt, conhecido como transgestante no Tiktok, e com Paulo Tardivo e Tiago Pessoa, do  @familiapessoatardivo , sobre a data e a campanha que decidiram abraçar.

Transgestante

Cleyton Bitencourt, de 26 anos, é pai de Álex, de apenas quatro meses, fruto do seu relacionamento com Fabiana Santos, de 28 anos. Ele é um homem trans e sua mulher também. Com a pandemia, o auxiliar administrativo decidiu partilhar com as pessoas a realização de um sonho pessoal: ser pai.

“Eu tive de lidar com a regressão da minha hormonização, com os hormônios da gestação, as mudanças do meu corpo que eu sempre quis. No início foi bem complicado, eu procurei até um psicólogo para poder manter o foco, mas com o tempo eu fui resignificando algumas coisas aqui”, conta.

Dividir este processo na internet não foi viver somente em uma bolha de amor, mas foi a forma que Cleyton encontrou de partilhar e trocar informações sobre sua gestação, paternidade e desafios em criar uma criança.

“As pessoas trans são muito sexualizadas, tanto que existem muitas pessoas buscando pornografia com mulheres e homens trans na internet. A maior dúvida que a galera tem e eu não respondo de jeito nenhum é como que eu e minha esposa fazemos na cama. O que ela faz comigo? O que eu faço com ela?”, questiona indignado.

Ele aproveita para lembrar que, mesmo tendo gestado Álex, não se sente mãe da criança – e que isso gera comentários preconceituosos. Questionado se ser um homem trans traz algum diferencial como pai, Cleyton fala que sente ter um cuidado mais intenso do que outros pais. Como mensagem, ele fala que não quer causar confusão na cabeça da própria filha nem de ninguém, apenas levar uma mensagem de amor e empatia que reverbere para o futuro.

Matéria completa aqui Queer IG


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