“Não há como evitar a doença, mas um diagnóstico precoce aumenta muito as chances de cura”, afirma associação
Guilherme Venaglia
Em grande parte das vezes, os movimentos para os meses temáticos de outubro e novembro, de prevenção aos cânceres de mama e de próstata, ignoram as pessoas transgêneras em suas campanhas de conscientização.
Segundo alerta da Associação Nacional de Travestis e Transsexuais (Antra) neste Novembro Azul, mulheres trans e travestis também devem se atentar para os cuidados em relação ao câncer de próstata, mesmo aquelas que já tenham passado pela cirurgia de afirmação de gênero.
“Não há como evitar a doença, mas um diagnóstico precoce aumenta muito as chances de cura”, afirma a Antra, na conta da entidade no Instagram. “Por isso, a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) ressalta que o exame também deve ser feito em travestis e mulheres trans, mesmo aquelas que já passaram pela cirurgia de redesignação sexual”, prossegue.
A prevenção, no entanto, não depende apenas delas. A associação alerta que ainda há um profundo desconhecimento das questões médicas das pessoas trans por falta de investimento em pesquisa e ignorância por parte dos próprios profissionais.
“Travestis e mulheres transexuais, que têm uma expectativa de vida de 35 anos, relatam dificuldades em serem inseridas no atendimento básico de saúde, tanto pelo despreparo médico quanto por outros fatores, como o não respeito ao uso do nome social”, lamenta a entidade.