Nos EUA, casais gays têm renda média maior do que casais heterossexuais

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Segundo o Censo americano, casais formados por homens têm mais rendimentos que duplas de mulheres, e adoção é mais frequente em famílias com dois pais do que com duas mães.

Por Rafael Gregorio, Valor Investe

Nos Estados Unidos, casais formados por pessoas de mesmo sexo têm uma renda média anual maior do que casais formados por pessoas de sexos diferentes, segundo uma pesquisa do Censo americano com base em dados de 2019.

Segundo o levantamento, a média de renda dos casais homoafetivos em 2019 foi de US$ 107,2 mil (R$ 561 mil), contra US$ 96,93 mil (R$ 507 mil), em média, nos casais heterossexuais.

Essa média de rendimentos anuais foi maior entre casais formados por dois homens (US$ 123,6 mil, ou R$ 646 mil, ao ano) do que entre casais formados por duas mulheres (US$ 95,72 mil, ou R$ 501 mil, ao ano).

Outro elemento de influência sobre as diferenças de renda, segundo o Censo dos EUA, foi a idade média do casal. A maior disparidade ficou no grupo entre 18 anos e 64 anos, no qual a média de renda em 2019 foi a seguinte:

  • casais heterossexuais: US$ 104,6 mil
  • casais homossexuais femininos: US$ 98,47 mil
  • casais homossexuais masculinos: US$ 130,7 mil

Já no grupo acima de 65 anos, a média de renda em 2019 foi de:

  • casais heterossexuais: US$ 74,37 mil
  • casais homossexuais femininos: US$ 83,43 mil
  • casais homossexuais masculinos: US$ 90,61 mil

Em 2019, 14% dos casais com pessoas de mesmo sexo tinham, em média, mais de 65 anos, contra 25% de idosos entre os casais heterossexuais.

Mais crianças, mais pobreza

O estudo mediu também a diferença na incidência de pobreza entre casais heterossexuais e homossexuais e concluiu que a diferença, no geral, é mínima: 4,2% contra 3,9%, respectivamente. Mas essa diferença se acentua, diz o Censo, quando se compara o gênero dos casais:

  • casais gays formados por dois homens tiveram taxa de pobreza menor (2,7%) do que casais heterossexuais (4,2%);
  • casais gays formados por duas mulheres tiveram taxa de pobreza maior (5%) do que casais hetero (4,2%) e do que casais gays masculinos (2,7%).

Segundo o estudo, a diferença nas taxas de pobreza se explica, em parte, pelas estruturas familiares distintas, com variáveis como a presença de crianças na casa:

  • cerca de 38% dos casais heterossexuais tinham, em 2019, ao menos uma criança com menos de 18 anos vivendo no lar;
  • essa presença de crianças caía para 9,3% entre os casais gays formados por homens, e para 26,5% nos casais homossexuais formados por mulheres.

Menos casamentos formais

A pesquisa revela ainda que os casais homossexuais com relações formalizadas representam apenas 1% dos casamentos nos EUA, e que os casais homoafetivos sem relações formalizadas respondem por 5,1% dos casais no país que não formalizaram a união.

Segundo o Censo americano, 88% dos casais heterossexuais formalizam a relação em casamento, contra 58% entre os casais homossexuais. Além disso, 47% dos casais gays americanos são formados por dois homens, contra 53% de casais formados por duas mulheres.

Valor Investe


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