Somente nomes do PT, PSTU, PSOL e DEM têm políticas diretas para a comunidade em seus planos de governo
Dos 11 candidatos que disputam o governo do Distrito Federal neste ano, apenas quatro trazem em seus planos, políticas diretas para a comunidade LGBT+ da capital. Dois políticos prometem combater desigualdades e cinco nomes não tratam sobre o assunto.
Em um capitulo especifico de seu plano, Júlio Miragaya (PT) promete uma série de políticas diretas para a comunidade LGBT+. Entre elas, ampliar as unidades da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por Orientação Sexual ou contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência (Decrin) e com atendimento 24h.
Já o candidato ao Executivo do PSTU, Antônio Guillen afirma que o governo deve incentivar a criação de empregos para a comunidade LGBT+. O candidato afirma que a discriminação por parte dos empresários acaba prejudicando grande parte das transexuais e travestis que acabam caindo em situação de prostituição.
Fátima Sousa (PSOL) fala em enfrentamento da violência contra as minorias. Com isso, promete a integração com políticas de saúde e educação para identificação e enfrentamento da violência contra mulher, crianças e população LGBT+.
Por último, Alberto Fraga (DEM) promete criar políticas públicas por meio de programas para atendimento aos LGBT+. O democrata fala em promover os direitos humanos com ações de valorização das minorias.
Sem citar diretamente a comunidade LGBT+, os candidatos Ibaneis Rocha (MDB) e Eliana Pedrosa (Pros) falam em garantir o direito das minorias. Já Rogério Rosso (PSD), Rodrigo Rollemberg (PSB), Renan Rosa (PCO), Alexandre Guerra (Novo) e Paulo Chagas (PRP) não fizeram menções diretas as minorias em seus propostas.
Discriminação
A Decrin recebeu no último ano, 45 denuncias de discriminação contra LGBT+ no DF. A maior parte por injúria contra transexuais em locais públicos como banheiros, ônibus ou metrô.
Primeiro mandato
Candidato à reeleição, Rodrigo Rollemberg (PSB) informou ao Destak que durante o seu primeiro mandato reforçou as políticas para a comunidade LGBT+. Entre os feitos, o socialista destacou a regulamentação da Lei de Combate à Homofobia, inauguração do primeiro Ambulatório Trans do Distrito Federal, assinou decreto que reconhece a identidade de gênero de travestis, transexuais e transgêneros em todos os órgãos da administração pública local.
O candidato afirmou que caso se reeleito manterá o compromisso com a comunidade LGBT+, além de fortalecer estas estruturas deverá criar o Centro de Referência em Direitos Humanos e Igualdade Racial, voltado ao combate à discriminação, ao acolhimento e à orientação sobre direitos.
https://www.destakjornal.com.br/cidades/brasilia/detalhe/lgbt-estao-na-pauta-de-apenas-4-candidatos