Homofobia: casal gay é agredido no 1º dia da copa

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Imagem: creativecommons

No primeiro dia da Copa do Mundo na Russia (que teve início em 14 de junho) um casal de dois homens franceses foi agredido ao pegar um táxi em São Petesburgo. Uma das vítimas, identificada como O.Davrius, foi levada ao hospital com sinais de lesões cerebrais e uma fratura na mandíbula. A polícia deteve dois suspeitos pelo ataque, Ismet Gaidarov e Rasul Magomedov.

Este é o primeiro caso de agressão motivada por homofobia a ser registrado pela imprensa internacional na Copa de 2018 e entidades ligadas a comunidade LGBTQ+ do mundo todo estão em alerta. A capacidade da Rússia para sediar os jogos foi questionada muito antes do início da copa devido às diversas violações de direitos humanos acobertadas, quando não promovidas, pelo governo de Vladmir Putin.

Ameaças e censura à comunidade LGBTQ+

Desde muitos meses antes do início da competição, organizações LGBTQ+ ligadas ao futebol tem recebido ameaças anônimas de grupos homofóbicos russos. O grupo Pride in Football, por exemplo, recebeu mensagens dizendo que os fãs LGBTQ+ seriam perseguidos e mortos.

Algumas organizações relataram, inclusive, a atividade de unidades paramilitares formadas por membros do grupo étnico cossaco que estariam patrulhando alguns dos locais que hospedam os jogos para “ajudar a polícia a impedir que gays se beijem”.

Ainda no primeiro dia da copa, o ativista britânico Peter Tatchell foi preso em Moscou por protestar contra a perseguição e tortura de gays na Chechênia, que faz parte da federação russa. Tatchell pagou uma multa e acabou liberado, mas o episódio chamou atenção para as leis antidemocráticas do país. Na Rússia, há uma lei que proíbe especificamente manifestações da comunidade LGBTQ+.

 

Lei anti “propaganda gay”

Os crimes anti-LGBT aumentaram drasticamente na Rússia desde a promulgação da lei de “propaganda gay” de 2013. Sob a justificativa de “proteger os menores de idade”, o governo proibiu a promoção de “relações não-tradicionais”. Na prática, manifestações públicas de afeto entre pessoas do mesmo sexo e manifestações de apoio a causa LGBTQ+ podem render multas e até mesmo prisão de um ano. No caso de estrangeiros, há ainda o risco de deportação.

Um documento emitido pelo governo russo com orientações para os turistas na copa afirma que

Não são comuns na Rússia manifestações intensas de afeto em público. Em particular, recomenda-se à comunidade LGBT evitar demonstrações homoafetivas em ambientes públicos, que podem ser consideradas propaganda de relações sexuais não tradicionais feita a menores

O documento aconselha também que não se leve bandeiras que representem a comunidade LGBTQ+ em jogos.

Apesar disso, em outro comunicado, o governo afirmou que os membros da comunidade LGBTQ+  não devem deixar de ir à Russia para prestigiar a Copa do Mundo.

Com informações do G1 e do Pink News.

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