Um jovem foi o último dos cinco condenados pelos crimes, conforme nota emitida pelo Departamento Federal de Justiça dos EUA nessa quarta-feira
Daniel Jenkins, de 22 anos, foi condenado a 23 anos de prisão nessa quarta-feira (14) por fazer parte de um grupo que usava o aplicativo de paquera focado em homens gays Grindr para selecionar pessoas que sofreriam ataques posteriormente. Ele já havia sido considerado culpado pela Justiça dos Estados Unidos em junho por crime de ódio e uso ilegal de armas durante uma das investidas contra pessoas LGBTQIA+.
Jenkins e o grupo que participava cometeram, além de crimes de ódio, sequestros, agressões, roubos e outros tipos de violência contra homens gays que encontravam no aplicativo. O jovem foi o último dos cinco condenados pelos crimes, conforme nota emitida pelo Departamento Federal de Justiça dos Estados Unidos. As ações do bando ocorriam desde dezembro de 2017, quando Jenkins e outro jovem começaram a criar perfis falsos no Grindr para roubar, agredir e extorquir usuários.
“Este réu tinha como alvo vítimas inocentes por crimes violentos simplesmente porque acreditava que eram gays”, disse a procuradora-geral assistente Kristen Clarke, da Divisão de Direitos Civis do Departamento de Justiça, no comunicado. Ela acrescentou que a sentença “reforça o compromisso do Departamento de Justiça em processar agressivamente crimes motivados por preconceito, incluindo crimes contra a comunidade LGBTQI”.
Alguns dos ataques ocorreram recentemente, ainda no início deste mês. À época, o grupo marcou um encontro com um dos usuários da plataforma e, armados, o forçaram a retirar dinheiro de um caixa eletrônico.
Em outro incidente, Jenkins admitiu, conforme os promotores, que ele e o grupo “atraíram várias vítimas” para um condomínio, apontaram uma arma para as vítimas, roubaram-nas e as agrediram. Na ocorrência, eles insultaram os homens e um membro tentou abusar sexualmente de um deles.