Egresso cria aplicativo para combater violência a pessoas LGBT

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O aplicativo é baseado em duas interfaces

Não se pode fechar os olhos para dados e números tristes da realidade do Brasil, no que se refere à homofobia e que o faz campeão mundial de crimes contra as minorias sexuais: 420 lésbicas, gays, bissexuais e transexuais (LGBT+) morreram no Brasil em 2018 vítimas da homofobia. Esse número revela que a cada 20 horas um LGBT é assassinado ou se suicida vítima da LGBTfobia.

A pesquisa  é da organização não governamental (ONG) Grupo Gay da Bahia (GGB), fundado em 1980, e que é a mais antiga associação de defesa dos direitos humanos voltada a população LGBT no Brasil. Agências internacionais afirmam que se mata mais homossexuais e transexuais no Brasil que nos países do Oriente e África, onde há pena de morte contra os LGBT.

Um egresso do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), um arquiteto, uma designer, um jornalista, e um desenvolvedor que integram a startup Somos e juntos criaram o aplicativo (app) Nohs Somos, tecnologia para a segurança e assistência ao público LGBT. Além dos cinco amigos, a concepção ouviu diversas pessoas da comunidade alvo sobre os problemas que cada um enfrenta e quais melhorias poderiam ser agregadas ao app.

O aplicativo é baseado em duas interfaces. A primeira é o botão de pânico, para aquele momento  em que a pessoa está correndo perigo eminente, se sentindo ameaçada. Um “clique” gera um alerta para pessoas e estabelecimentos cadastrados como contatos de segurança. O arquiteto e diretor operacional da Somos, Bruno Jordão, lembra que em uma situação de risco, ligar para a Polícia pode ser difícil.

Na segunda interface, que é um mapa, é onde entra a prevenção. O usuário pode identificar se existem relatos de LGBTIfobia em alguma rua, ou antes de ir a um estabelecimento, por exemplo. O egresso do IFSC e arquiteto, Hottmar Loch, fala da necessidade do Nohs Somos:  “a necessidade desse app começa com o entendimento de que os riscos de agressão não são iguais para todo mundo. Três pessoas, uma pessoa heterossexual, uma homossexual e e outra transexual. As três, só por saírem de casa, já estão vulneráveis à violência urbana. Além dessa probabilidade, tem pessoas que sofrem o risco de serem agredidas simplesmente pela orientação sexual ou pela identidade de gênero, e é esse tipo de violência, em específico, que o aplicativo busca combater”.

O projeto agora segue para a etapa de financiamento coletivo, através de uma vaquinha online para arrecadar R$ 88 mil, a fim de que o grupo consiga disponibilizar o aplicativo na rede. O grupo vem realizando campanha de arrecadação nas redes sociais. Outras funcionalidades, como integração com a Polícia e Disque Direitos Humanos, vêm sendo estudadas pela startup.

Herança

“Como um estudante do IFSC, consigo dizer que tive uma boa base de referência profissional como de cidadão!”, destaca Hottmar, que cursou o Técnico em Saneamento até 2012, quando ingressou em Arquitetura na Unisul. “No curso de Saneamento tivemos uma base sobre projetos arquitetônicos, e minha essência sempre foi a de criação de sensação. Foi com o curso no Instituto Federal que consegui ‘enxergar’ esse caminho de criação dentro da Arquitetura”, completa o ex-aluno.

Engeplus


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