Como ser um aliado LGBTQ+ no trabalho

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Três funcionários do setor de tecnologia falam sobre como fortalecer seu lado aliado e a diferença que ele pode fazer na vida dos colegas

Por Natalie Singer-Velush

Construir sua carreira é uma jornada cheia de desafios, emoção e percalços na estrada. E as viagens são mais fáceis quando feitas com mapas. Abaixo, especialistas respondem a perguntas e dão conselhos para ajudá-lo a dar o próximo passo.

Pergunta: Quero ajudar meus colegas de trabalho a se sentirem respeitados por serem quem realmente são. Mas, às vezes, não tenho certeza do que fazer ou dizer para mostrar que sou um aliado e não quero atrapalhar ou magoar os sentimentos de ninguém. Como posso ser um aliado melhor?

Resposta: O primeiro passo para se tornar um aliado melhor é querer ser um – então, você já está no caminho certo! Há muitas maneiras de ser um aliado na sua área profissional, incluindo conectar-se com colegas de trabalho para saber o que eles enfrentam, entrar em cena quando alguém não está sendo tratado com respeito e ajudar os outros. Funcionários da Microsoft, que são aliados ou membros da comunidade LGBTQ+, têm alguns conselhos a dar.

Saiba o que é um aliado e por que você deveria ser um

Um aliado LGBTQ+ é alguém que respeita os direitos, igualdade de gênero e movimentos sociais; defende os membros da comunidade LGBTQ+ e desafia a homofobia, a bifobia e a transfobia. Os aliados contribuem para a proteção, segurança e igualdade.

Posicionar-se como um aliado no local de trabalho envia uma mensagem poderosa de afirmação e apoio aos funcionários LGBTQ+, o que pode ajudá-los a se sentir mais respeitados e capazes de fazer seu trabalho.

Pense um pouco no motivo que o faz querer ser um aliado e pense por qual razão os aliados são necessários e como você pode fazer a diferença, diz Andrea Llamas, consultora sênior de recursos humanos.

Muitas vezes, a motivação para ser um aliado vem de histórias e conexões pessoais.

“Todo mundo tem um amigo ou membro da família que faz parte da comunidade LGBTQ+”, afirma Llamas. “Para tornar o mundo um lugar melhor para as pessoas dessa comunidade, [precisamos chegar a um estágio onde]a orientação sexual ou a identidade de gênero não é importante.”

Se você compreende a motivação para ser um aliado e o que pode alcançar sendo um – seja fazendo outra pessoa se sentir confortável ou se tornando um defensor da mudança – você vai descobrir como fazê-lo.

Prepare-se para aprender mais

Muitas pessoas se sentem inseguras sobre seu papel como aliadas, em parte porque não estão familiarizadas com as experiências ou realidades de pessoas LGBTQ+. Não se preocupe se não souber o que significa um termo ou se não estiver familiarizado com um problema. A pesquisa é o primeiro passo, conta Llamas.

“Se você não tiver as informações necessárias e estiver curioso, pergunte”, diz.

Caso queira perguntar a um colega de trabalho que seja membro da comunidade LGBTQ+, faça de maneira respeitosa e talvez em particular. Em primeiro lugar, comunique sua abertura e desejo de aprender para que você possa apoiar.

Se você está preocupado em dizer algo errado para colegas LGBTQ+, como usar o pronome correto, por exemplo, pergunte respeitosamente como eles preferem ser abordados ou como você deve se referir a algo. Você também pode perguntar como eles prefeririam que as pessoas lidassem com os erros quando eles acontecem, sugere Michael Tan, gerente de um funcionário transgênero na Microsoft.

Mas não espere que pessoas LGBTQ+ o eduquem em tudo; faça sua própria pesquisa. Morty Scanlon, gerente de programas de negócios, sugere o uso de recursos do Straight for Equality, da Human Rights Campaign, e do Outstanding para saber mais.

Os membros do GLEAM, que significa Funcionários Gays e Lésbicas na Microsoft, os representam dentro da empresa, ajudando a criar atividades e workshops para colegas de trabalho que querem ser aliados. Veja se sua empresa tem uma abertura semelhante, sugira que um grupo seja criado ou, até mesmo, ajude a criá-lo, recomenda Scanlon, copresidente do GLEAM.

“Quando as pessoas têm possibilidades à sua disposição, elas podem ver um caminho em direção à sua própria capacidade de se tornarem aliadas”, continua.

Ao fazer sua pesquisa, observe suas próprias suposições. Aproveite a oportunidade para reconhecer e superar o preconceito. Use as perguntas abaixo como um guia:

  • Que suposições você fez?
  • Você sabe se elas são verdadeiras?
  • Como você pode descobrir?

Mostrar apoio e falar

Alguns gestos dos aliados podem parecer pequenos, mas significam muito. Por exemplo, Llamas recomenda: “Não esconda as relações que você tem com alguém da comunidade LGBTQ+, como amigos ou familiares”. Falar sobre seu irmão gay ou primo transgênero da mesma maneira que você fala sobre qualquer membro da família ou amigo mostra que você valoriza as pessoas igualmente, independentemente de sua sexualidade e identidade.

Você também pode comunicar seu apoio de maneiras simples, como colocar adesivos em seu computador ou placas em sua mesa, participando de eventos de apoio à causa LGBTQ+ ou defendendo a luta. Essas ações mostram às pessoas que enfrentaram desafios ou que anteriormente não foram aceitas por serem quem são, que têm seu apoio.

“Lembre-se de que há muitas maneiras de mostrar às pessoas que você é um aliado”, conta Llamas, que é líder do GLEAM no México.

Ser um aliado também significa falar quando algumas vozes não são ouvidas, quando alguém é excluído ou quando algo nocivo é dito. Ouça as ideias, contribuições e histórias de outras pessoas. Intervenha quando alguém está sendo ignorado ou se uma linguagem tóxica é usada. Se alguém foi maltratado, aproxime-se para ver o que a pessoa precisa e ofereça apoio.

E aqueles que precisam de aliados também podem ser aliados dos outros, afirma Scanlon.

“Da mesma forma que os aliados são essenciais para a comunidade LGBTQ+, também temos a responsabilidade de ser aliados dos outros. As lições que aprendi trabalhando para ser uma aliada melhor para a comunidade transgênero são lições que posso aplicar para desenvolver essa característica além da minha própria comunidade e usar de forma mais ampla no local de trabalho: examinando minhas suposições, ouvindo para entender, identificando e abordando meus pontos cegos e sendo corajosa.”

Deixe a empatia liderar

Quando Michael Tan, diretor de estratégia, soube que um membro de sua equipe era transexual e faria a transição, ele decidiu ajudar.

“Meu primeiro impulso foi tentar garantir que o ambiente de trabalho respondesse adequadamente e que as pessoas fossem respeitosas”, conta.

Mas ele não soube como ser um aliado de imediato.

“Estava, inicialmente, com muito medo de dizer a coisa errada. E vi outras pessoas com esse medo também, de usar o pronome errado, e acabaram tomando o caminho da menor resistência e não se aproximaram.”

Tan convidou o Centro de Gênero Ingersoll para conversar com seu time. Os palestrantes compartilharam experiências, informações sobre a comunidade transgênero no local de trabalho, desafios comuns enfrentados por esses funcionários e orientações sobre como ser solidário.

Ouvir diretamente as experiências das pessoas gerou empatia, diz Tan. No entanto, você pode procurar as histórias de outras pessoas – elas ajudarão você a se conectar.

Tente entender a jornada emocional que alguém passa, reflete Tan. É uma forma poderosa de apoio “para descobrir e, em seguida, fazer o que é necessário para que eles se sintam à vontade.”

 

https://www.msn.com/pt-br/news/microsoft/como-ser-um-aliado-lgbtq-2b-no-trabalho/ar-BBLTk33


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