A MangoTV, que detém os direitos de transmissão do Festival da Eurovisão para a China, não passou duas atuações da noite e desfocou as bandeiras de arco-íris que simbolizam os homossexuais
A ser realizada em Portugal, a 63.ª edição do Festival Eurovisão da Canção corre mundo. A China não fica de fora dos interessados no concurso e faz questão de transmitir o programa através da internet.
A MangoTV é a plataforma que detém os direitos de transmissão do evento, e está a levantar polémica com a edição que deu à primeira semifinal, que aconteceu na passada quarta-feira.
O canal difundiu o espetáculo, mas cortou as atuações dos cantores Eugene Bushpepa, albanês que tinha tatuagens nos braços, e de Ryan O’Shaughnessy, irlandês cuja atuação incluía uma dança romântica entre dois rapazes.
Além disso, durante todo o espetáculo, o site desfocou as conhecidas bandeiras do arco-íris – símbolos tradicionais do movimento LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) – presentes entre o público.
Segundo a BBC, apesar de a sociedade chinesa estar a evoluir positivamente no sentido de aceitar a homossexualidade, esta continua ainda a ser um tabu na televisão. E desde janeiro que as tatuagens são proibidas na televisão.
O Partido Comunista no poder tem por objetivo retirar da internet qualquer conteúdo que possa desviar os “valores centrais do socialismo”.
https://www.dn.pt/media/interior/china-censura-simbolos-gays-e-tatuagens-na-primeira-semifinal-da-eurovisao-9328235.html