Mesmo diante da pandemia de covid-19, país europeu iniciou votação sobre casamento entre pessoas do mesmo sexo no parlamento.
Quando as uniões civis foram legalizadas na Suíça em janeiro de 2007, o casal gay Laurent Marmier e Yves Bugnon completaram a papelada no mesmo mês, se tornando os primeiros a tirar proveito da nova lei no país europeu.
Treze anos depois, eles esperam que uma votação no parlamento abra a porta para que eles finalmente possam se casar e desfrutar dos mesmos direitos que casais heterossexuais.
Mesmo diante da pandemia de covid-19, país europeu iniciou votação sobre casamento entre pessoas do mesmo sexo no parlamento. O debate começou na última quarta-feira (27), mas a votação foi adiada para uma data não especificada, disse uma autoridade do parlamento à Reuters.
“Não temos os mesmos direitos, não exatamente. E é isso que está nos incomodando”, disse Bugnon, professor de música na cidade francesa de Lausanne.
A Suíça conservadora defende a passos lentos os direitos das pessoas LGBT, assim como muitos países da Europa Ocidental. Em fevereiro deste ano, os eleitores apoiaram uma lei anti-homofobia que protege legalmente lésbicas, gays, bissexuais e pessoas trans e interssexuais de discriminação.
Pesquisa encomendada pela associação de direitos LGBT Pink Cross mostrou que mais de 80% dos suíços apoiam a autorização do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
O fato de o casamento gay ainda não ser permitido na Suíça tem mais do que uma importância simbólica para os casais. O estado civil afeta a adoção e os direitos de reprodução assistida, incluindo doações de esperma para casais de lésbicas.
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Marmier disse estar esperançoso de que a lei seja aprovada, mas acrescentou que é importante que essas outras questões também sejam abordadas na nova lei. “Acho importante seguir em frente e não esperamos 13 anos para passar o próximo passo”, afirmou.
A pandemia também expôs um lado vulnerável da Suiça, um dos países mais ricos da Europa. Porém, o país pretende sair do isolamento social antes do período estipulado. A partir de 6 de junho, todas as infraestruturas poderão ser reabertas e serão permitidas aglomerações de até 300 pessoas. Até o momento, o país tem 30 mil casos da doença e 1.920 mortes pela covid-19.
(Redação e reportagem adicional de Emma Farge Editing by Gareth Jones)