De acordo com o artista, o vídeo de Libera a Raba foi inspirado no avanço do preconceito durante e depois do período eleitoral.
O cantor pernambucano Juan Guiã lançou, nesta terça-feira (8), o clipe de Libera a raba, canção que faz parte de seu EP de estreia, intitulado Também sou feito de infernos (2018). Por abordar liberdade de expressão e identidade, o projeto audiovisual iria ganhar um clipe de estética pop e com coreografias para atingir o público LGBT. No entanto, de acordo com o artista radicado em São Paulo, o avanço do preconceito à comunidade gay antes e depois do período eleitoral inspirou uma nova narrativa mais reflexiva e impactante. A direção é de Juan Guiã e Thiago Ozelami.
Assim como no EP, o artista usa de suas próprias vivências como ponto de partida para o trabalho. O clipe simula um casamento de Juan com seu companheiro atual para mostrar como a repressão da sociedade pode ser destrutiva. Tudo isso de forma simbólica e performática – fortes características na atual cena da música pop. O casamento acontece em uma comunidade livre de preconceitos, com figuras que representam a diversidade de corpos, gêneros e identidades.
Em paralelo, outros personagens, que estão em outras esferas, surgem com o objetivo de acabar com esse grito de liberdade de uma forma mais cruel. Palavras proferidas e obras que representam tanto religiões como livros de leis, atirados como armas de fogo. O roteiro dialoga com o conteúdo da canção, que fala sobre julgamento, opressão e tentativa de silenciamento de um jovem pelo machismo social.
“A música reflete sobre o que uma sociedade heteronormativa julga como certo e errado. Revelando a capacidade do homem destrutivo e inclusive, desumano. Fui julgado por andar, estar, ser… E as pessoas não tem ideia do que vivo, ou já vivi. Ter que largar a mão do meu companheiro nas ruas por onde passo, por medo de ser violentado, é algo sufocante e opressor demais”, conta o artista, em comunicado enviado à imprensa.
“Acho que 2019 precisa ser mais um ano para lutarmos contra todo o ódio que julga, oprime e assassina. O que esperar do país que mais mata LGBTs no mundo e, agora, com a retirada dessa população das diretrizes dos direitos humanos? Nós não vamos desistir dos nossos direitos. Resistir é existir. Arte é luta. O clipe é um tiro da natureza em oposição ao desamor”, destaca Juan.
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