O estilista Ronaldo Fraga mais uma vez transcendeu a moda no SPFW e abriu o desfile com um beijo de um casal gay, formado por um homem árabe e um judeu. Depois, um casal de mulheres, de uma mulher e um homem idosos, além de criança correndo em volta da mesa posta com comida, velas e vinhos.
A inspiração surgiu quando o estilista viajou em 2017 para Tel Aviv. Era a florada de laranjeira e o perfume da flor se impregnou em sua alma. Na cidade, onde ele achava que ia encontrar guerra, encontrou a paz. Um restaurante oferecia desconto de 50% se árabes e judeus comessem juntos.
E foi essa atmosfera de aceitação e respeito que o mineiro trouxe à passarela, com a mesa montada ao centro e onde os modelos e convidados sentavam após desfilar.
Ronaldo Fraga é bem atuante nas redes sociais se posicionado contra a onda de ódio e intolerância que a política brasileira tem gerado entre as pessoas, amigos e parentes.
Modelos de todos os gêneros, idades, religiões desfilaram e sentaram à mesa, para comerem em paz.
O estilista trabalhou a coleção em tons de azul jeans escuros, com bordados que lembram estrelas, laranjas, além de manchas em tie dye e trabalhos de artesanais, sempre presentes. Na passarela, a modelo transexual Carol Marra.
Vestidos e túnicas para eles e para elas, modelagem larga, sobreposições e tramas abertas e transparências apareceram. Mas a roupa, com DNA próprio do estilista é o que menos importa. Num dos looks, um modelo negro entrou com tipoia no braço feita com retalhos da camisa da Seleção. Um metáfora aos tempos em que o racismo está à flor da pele.
A mensagem da paz, da comida sendo compartilhada entre pessoas, sem se importar com nacionalidade e opções, é a mensagem que fica. Ou seja, uma ode ao amor.
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