por Robert Shine
para New Ways Ministry
Já relatamos a afirmação do arcebispo irlandês Eamon Martin, de Armagh, de que a Igreja institucional “luta para encontrar uma linguagem” através da qual possa se relacionar com as pessoas LGBT.
E continuou: “Será que a Igreja hierárquica está lutando para encontrar uma linguagem para se relacionar com as pessoas gays porque sua teologia da sexualidade humana é profundamente falha?”.
“É de se admirar que a Igreja lute para encontrar uma linguagem para se relacionar conosco quando a linguagem que ela já usa é tão vil?”
“A hipocrisia disso, enquanto se prega uma mensagem do Evangelho de amor e justiça, é de tirar o fôlego.”
Halligan também expressou preocupação em sua carta de que o próximo Encontro Mundial das Famílias exclua os católicos LGBT e suas famílias. Afirmar que “todos são bem-vindos” ao evento, sem ações por trás dessa declaração, são “boas-vindas vazias”, disse ela.
Halligan está tocando algo importante. Os católicos nos bancos das igrejas são inteiramente capazes de se relacionar e de falar sobre as identidades LGBT em termos respeitosos, humanos. As lideranças da Igreja parecem quase totalmente incapazes de fazer isso.
Mesmo as declarações e ações mais pastorais são prejudicadas por um foco obsessivo na complementaridade de gênero e no entendimento da sexualidade humana e da identidade de gênero totalmente separado da ciência contemporânea, da experiência humana e da lente da espiritualidade.
Halligan está certa ao seu unir ao crescente coro de católicos, incluindo diversos bispos, que sabem que, no mínimo, uma linguagem prejudicial como a expressão “intrinsecamente desordenados” [presente no Catecismo da Igreja Católica ao abordar os “atos de homossexualidade”]deve ser descartada, em favor de uma linguagem respeitosa e humanizadora.
https://www.paulopes.com.br/2018/04/igreja-catolica-usa-linguagem-vil-para-se-referir-aos-gays.html#.WuMXEbg8qzA