Crenças de pureza moral aumentam preconceito e discriminação

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Minha pureza, sua impureza

As pessoas que valorizam regras de “pureza moral”, em lugar de cuidados com os outros e empatia, são mais propensas a ver os gays e transexuais como menos humanos, o que leva a mais preconceito e apoio a políticas públicas discriminatórias.

“Depois da decisão da Suprema Corte [dos EUA]confirmando a igualdade no casamento e o debate sobre direitos do uso de banheiros para pessoas transexuais, percebemos que os argumentos muitas vezes não eram sobre fatos, mas sobre a oposição a crenças morais. Assim, queríamos entender se os valores morais eram uma causa subjacente de preconceito contra pessoas gays e transexuais,” explicam Andrew Monroe (Universidade Estadual Appalachian) e Ashby Plant (Universidade Estadual da Flórida).

Os pesquisadores concentraram-se em dois valores morais específicos – o que eles chamam de “santidade”, ou uma adesão estrita a regras de pureza e nojo de quaisquer atos considerados contaminados moralmente, e afeto, que se centra na desaprovação de atos que causam sofrimento a outros sem justa causa.

Menos que humanos

Foram realizados cinco experimentos com quase 1.100 participantes.

No geral, as pessoas que priorizavam a santidade ou pureza em relação ao cuidar dos outros mostraram-se mais propensas a acreditar que pessoas gays e transgêneros, pessoas com AIDS e prostitutas, eram mais impulsivas, menos racionais e, portanto, menos que humanas. Essas atitudes aumentaram o preconceito e a aceitação de políticas públicas discriminatórias.

Inversamente, as pessoas que endossavam o afeto e o cuidar em relação à santidade mostraram-se mais propensas a demonstrar compaixão por essas populações, além de apoiar políticas públicas que as ajudassem.

“A crença de que uma pessoa não é melhor do que um animal pode se tornar uma justificativa para tolerar e causar danos,” disse Plant. “Quando acreditamos que alguém não tem autocontrole e disciplina, podemos fazer julgamentos morais sobre suas escolhas de vida e comportamentos, o que pode levar a um caminho sombrio de discriminação e ódio.

“Nosso estudo sugere que os valores morais de uma pessoa podem ser alterados, pelo menos temporariamente, e que o destaque de certos valores, como o cuidado com os outros, pode ser uma maneira eficaz de combater o preconceito. Esperamos que, ao mostrar as raízes morais do preconceito e da discriminação contra as minorias sexuais e de gênero, estejamos encorajando outros a realizar mais pesquisas para aumentar a equidade e a inclusão,” disse Monroe.

 

Diário da saúde


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