Quando a insensatez transforma os filhos em pequenas “malas”
08/04/2008:
Diante de tantas notícias de brutalidade, abandono e até tortura de alguns pais para com seus filhos, ficamos indignados, e partimos para uma reflexão sobre os exemplos de grandeza de alma e a indigência espiritual que se manifesta em algumas pessoas.
Desconhecendo limites
Envolta na ternura, a alma feminina encontra no Poder Divino a sua couraça, e faz da fé uma espada... Desde os tempos bíblicos, a humanidade tem testemunhado episódios que confirmam isso. Quem já não ouviu falar da célebre sentença proferida pelo rei Salomão perante a disputa entre duas mulheres que reivindicavam a legitimidade de um neném ou então, de casos de extremo perigo onde mães desafiam as leis da física e conseguem o impossível? Recentemente numa cidade do interior paulista, sem saber nadar uma mãe se atira numa lagoa e salva seu garoto. O mesmo princípio está implícito nos animais.
A imaturidade
Caindo no extremo oposto, há mães que rejeitam seus bebês alegando motivos que mudam de acordo com a condição social e econômica. Perdendo a ciência da própria natureza, tais mulheres compactuam com certos homens atitudes em baixos níveis, e se afogam no prazer de forma irracional, não aceitando o “depois”, e o epílogo é o que os noticiários nos mostram: recém-nascidos despejados nos lixões da crueldade. Há também, sofisticadas mamães que, maquiadas nos reflexos do narcisismo, contam os minutos para que seus adolescentes botem o pé na estrada, não medindo a seqüela do abandono precoce. E para completar, existem os casos de crianças que de uma ora para outra se tornam um estorvo, um pequeno fardo aos casais que se separaram passando a viver como solteiros, ou então, tendo que se juntar a outros que partilham do mesmo destino, adotados por pessoas sem vínculo sanguíneo.
Conclusão
A explicação para essas atitudes está na banalização dos princípios humanos e na falta de responsabilidade para com os indefesos. A violência, implícita em todos os casos revelam a crueldade e a frieza ao negligenciar as obrigações intrínsecas a cada um. A falta de religiosidade e de um sentido verdadeiro à vida faz dessas criaturas, mortos vivos, cabeças vazias e que em última análise são tão vítimas quanto suas vítimas.
José Antonio Sespedes
Autor do livro: Depressão,um beco com saída
http://www.outonos.com.br
|